Luta contra a Covid-19 ofusca celebração do Dia da Paz
O acto central da efeméride deveria acontecer na província do Namibe, mas devido às contingências impostas pelo Covid-19, haverá apenas uma cerimónia simbólica, em Luanda, adiantou, na semana passada, o ministro da Administração do Território, Adão de Almeida, quando fazia esclarecimentos do Decreto Presidencial sobre o Estado de Emergência.
As actividades alusivas ao 4 de Abril iniciariam na última sexta-feira e deviam estender-se até ao dia 25 do mês em curso. As mesmas decorreriam em todo o território nacional, bem como nas missões diplomáticas e consulares de Angola. Para assinalar a efeméride, está prevista, para às 8 horas de hoje, em Luanda, o hastear da Bandeira Monumento, localizada no Museu Nacional de História Militar (ex-Fortaleza de São Miguel), bem como a deposição de uma coroa de flores no Monumento do Soldado Desconhecido, uma hora mais tarde. Estes dois actos vão ser presididos pela ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira.
No dia 31 de Março, o ministro da Administração do Território usou a sua conta pessoal do Facebook para fazer uma referência à celebração dos 18 anos de paz, bem como à necessidade de as pessoas ficarem em casa. “18 anos de paz! Num momento em que temos uma nova ‘guerra’ para vencer, a ‘guerra’ contra o Covid-19, todos somos soldados ao serviço da Pátria. Se cada um ficar na sua trincheira (casa), Angola vence esta ‘guerra’ e celebra uma nova Paz”, apelou.
Um ponto final
à guerra fratricida
à guerra fratricida
Em 4 de Abril de 2002, os angolanos decidiram colocar um ponto final na guerra fratricida que imperava no país há cerca de três décadas.
Depois de várias tentativas de mediadores internacionais, o acordo para pôr fim à guerra resultou da vontade própria das partes envolvidas no conflito, sem alguma interferência externa. O acordo consumou-se através da assinatura dos acordos de paz e reconciliação nacional, rubricado num dia como hoje, nas antigas instalações da Assembleia Nacional, em Luanda, na presença do ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos, do corpo diplomático, líderes religiosos e personalidades da sociedade civil.
Do lado do Governo, o documento foi assinado pelo então chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, general Armando da Cruz Neto, e do lado da UNITA o chefe do Estado-Maior das extintas Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), general Abreu Muengo Ucuachitembo “Kamorteiro”. Estudos apontam que a guerra civil em Angola gerou uma crise humanitária desastrosa, ao forçar o deslocamento interno de 4,28 milhões de pessoas – considerado, na altura, um terço da população total do país.
Sobre este assunto, a Organização das Nações Unidas chegou a estimar, em 2003, que 80 por cento dos angolanos não tinham acesso à assistência médica básica, 60 por cento não tinha acesso à água potável e 30 por cento das crianças morriam antes dos cinco anos de idade, com uma expectativa de vida total nacional de menos de 40 anos.
Mas, continuam os estudos, o Governo gastou 187 milhões de dólares para reassentar pessoas deslocadas internamente entre 4 de Abril de 2002 e 2004, após o Banco Mundial doar 33 milhões de dólares para continuar o processo de assentamento.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) estimou que, em 2002, o conflito deslocou cerca de 98 mil pessoas apenas entre 1 de Janeiro e 28 de Fevereiro. Os deslocados internos compunham 75 por cento de todas as vítimas de minas terrestres.
Depois de várias tentativas de mediadores internacionais, o acordo para pôr fim à guerra resultou da vontade própria das partes envolvidas no conflito, sem alguma interferência externa. O acordo consumou-se através da assinatura dos acordos de paz e reconciliação nacional, rubricado num dia como hoje, nas antigas instalações da Assembleia Nacional, em Luanda, na presença do ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos, do corpo diplomático, líderes religiosos e personalidades da sociedade civil.
Do lado do Governo, o documento foi assinado pelo então chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, general Armando da Cruz Neto, e do lado da UNITA o chefe do Estado-Maior das extintas Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), general Abreu Muengo Ucuachitembo “Kamorteiro”. Estudos apontam que a guerra civil em Angola gerou uma crise humanitária desastrosa, ao forçar o deslocamento interno de 4,28 milhões de pessoas – considerado, na altura, um terço da população total do país.
Sobre este assunto, a Organização das Nações Unidas chegou a estimar, em 2003, que 80 por cento dos angolanos não tinham acesso à assistência médica básica, 60 por cento não tinha acesso à água potável e 30 por cento das crianças morriam antes dos cinco anos de idade, com uma expectativa de vida total nacional de menos de 40 anos.
Mas, continuam os estudos, o Governo gastou 187 milhões de dólares para reassentar pessoas deslocadas internamente entre 4 de Abril de 2002 e 2004, após o Banco Mundial doar 33 milhões de dólares para continuar o processo de assentamento.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) estimou que, em 2002, o conflito deslocou cerca de 98 mil pessoas apenas entre 1 de Janeiro e 28 de Fevereiro. Os deslocados internos compunham 75 por cento de todas as vítimas de minas terrestres.
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