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CPLP aborda prevenção da Covid-19 na Etiópia

A Embaixada de Angola na Etiópia realizou, ontem, em Addis Abeba, um encontro virtual entre chefes das missões diplomáticas dos Estados Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), para uma abordagem sobre a evolução da Covid-19 e as medidas de prevenção adoptadas para os diplomatas e demais funcionários.
Segundo uma nota da Embaixada na Etiópia, além de Angola, participaram na reunião o embaixador do Brasil, Luís Pedroso, de Portugal, Helena Malcata, de Moçambique, Albertina Mac Donald, e da Guiné Equatorial, Crisantos Obama, assim como diplomatas angolanos e um moçambicano.
Na abertura do evento, o embaixador angolano, Francisco da Cruz, fez saber que a iniciativa deveu-se, também, à necessidade de se criar uma oportunidade para troca de informações acerca dos programas dos Governos dos Estados da CPLP, com vista a conter a propagação, bem como enfrentar as consequências económicas e sociais da pandemia.

Com 18 mortes, e já numa fase de transmissão comunitária, a Etiópia soma 1.636 casos positivos, uma média diária de 113 novos casos, nos últimos oito dias. A capital Addis-Abeba lidera as estatísticas de infectados, com 1.206 casos confirmados.
Francisco da Cruz afirmou que a Embaixada tem adoptado, desde Março, várias medidas de prevenção e segurança, como, entre outras, a implementação do tele-trabalho para redução, ao mínimo, do pessoal nas instalações, e a disponibilização de transporte aos funcionários locais, evitando a sua exposição em transportes públicos.

O diplomata referiu-se à recente auscultação feita pelo Presidente da República à sociedade civil para fazer face à pandemia e enalteceu os apoios da União Africana, da China e as doações das fundações Jack Ma e Alibaba, coadjuvadas pelo Governo etíope, na transportação de material de biossegurança.

O embaixador do Brasil, Luís Pedroso, mostrou-se "seriamente preocupado" pelo facto de o seu país se ter transformado no terceiro com mais mortes (cerca de 34 mil) a nível mundial, declarando que a taxa de adesão ao isolamento se situa, apenas, entre os 45 e 60 por cento.
Luís Pedroso deu a conhecer que o Brasil fez doações recentes à União Africana, em termos de material de auxílio médico, pedindo que fosse preferencialmente destinado aos países da CPLP.

A embaixadora portuguesa, Helena Malcata, confirmou a contaminação pelo novo coronavírus de uma cidadã naturalizada lusa, residente na Etiópia, assintomática e em situação estável, numa clínica privada, em Addis-Abeba.
Relativamente a Portugal, disse que, apesar dos cerca de 300 novos casos, observou-se, nas últimas 24 horas, um decréscimo para oito óbitos.
A embaixadora Albertina Mac Donald sublinhou que foi prorrogado o Estado de Emergência no seu país até finais de Junho e que a Cabo Delgado representa o epicentro das contaminações. O país continua com as fronteiras encerradas, abertas somente para voos com ajuda humanitária.

O embaixador da Guiné Equatorial, Crisantos Obama, referiu que, no final de Abril, detectou-se a infecção num cidadão do seu país, que viajava de Londres, num avião da Ethiopian Airlines, que, depois da recuperação, seguiu para Malabo.
No final da vídeoconferência, os participantes foram unânimes quanto à institucionalização do evento, com uma periodicidade mensal, devendo ser organizado por cada país da CPLP, consoante a ordem alfabética.

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