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Conferência de imprensa diária anula falsas informações sobre a Covid-19 no país

A conferência de imprensa sobre a situação da Covid-19 no país, realizada todos os dias no Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), foi criada para, entre outras razões, acabar com a circulação de falsas informações sobre a doença.
Em declarações ao Jornal de Angola, à margem da IX sessão extraordinária do Conselho de Ministros da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), realizada nos dias 3 e 4 deste mês, por vídeo conferência, o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, disse que o país registava, no início da luta contra a pandemia, todos os dias, cerca de 40 informações falsas sobre aparecimento de novos casos.
Essa situação, segundo esclareceu, era considerada, na altura, o Calcanhar de Aquiles do combate à doença e obrigava a movimentação de meios técnicos e humanos aos locais onde se dizia haver casos. “Era muito desgastante para a Comissão Multissectorial para a Resposta à Covid-19, uma vez que posto nos lugares indicados, ficava-se a saber que a informação era falsa”, realçou.
Para se acabar com essa situação, que constituía um forte obstáculo no processo de combate à pandemia no país, prosseguiu Mufinda, a Comissão Multissectorial para a Resposta à Covid-19 decidiu realizar uma conferência de imprensa, por dia, para manter o país informado com informações reais e credíveis sobre a pandemia.
O secretário de Estado para a Saúde Pública, ressaltou que essa estratégia, que conta com o apoio da imprensa, surtiu efeito. “Ajudou a reduzir, quiçá a colocar um ponto final, às falsas informações sobre a doença, que eram veiculadas pelo país”, realçou. A uma pergunta sobre a razão que leva o nosso país a ter poucos casos recuperados, se comparado com outros países, Franco Mufinda respondeu que sobre essa questão é importante olhar para o número de recuperados versos taxa de letalidade. “Estamos bem, no que respeita ao número de óbitos, quando comparamos com a recuperação”, aclarou.
 />Acrescentou que a nível mundial a recuperação está a volta, em média, de 25 a 26 por cento.
Disse que dos 66 infectados, desde 21 de Março até ao dia que deu essa entrevista (4 de Junho), já 19 pacientes foram recuperados da doença.
Com este resultado, Franco Mufinda avançou que Angola fica acima de 20 por cento, um número que considerou de normal. Franco Mufinda disse haver uma diluição da taxa de letalidade no país, que está, nesse momento, a volta de quatro por cento, quando comparado com a média mundial, que está a volta de oito por cento.
Ressaltou que o facto de estarem no meio, fazendo uma abordagem psicológica aos pacientes, pode trazer à tona mais recuperados. “O nosso protocolo de tratamento olha ao que a OMS recomenda e não foge muito do padrão do mundo”, salientou. O secretário de Estado para a Saúde Pública deu a conhecer que numa escala de zero a 100 por cento, 90 são casos assintomáticos e apenas dez expressam sintomas.
Sequelas da doença
Questionado se a Covid-19 deixa sequelas aos doentes recuperados, Franco Mufinda referiu que depende muito do órgão acometido. Entretanto, salientou que os casos recuperados no país não apresentam sequelas. Esclareceu que a Covid-19 é uma doença que chega a levar a morte quando associada a outra patologia, sobretudo as doenças cardiovasculares e as diabetes.
Alertou para a necessidade de o paciente recuperado continuar a observar os cuidados de segurança, porque pode voltar a infectar se não os observar. “Ficar uma vez doente não se tem, ainda, a noção de imunidade para toda a vida”, aclarou. Franco Mufinda destacou que 80 por cento das pessoas vão cruzar com a doença, podendo passar por ela sem apresentar sintomas e necessidade de tomar algum fármaco.“São os chamados casos leves, que podem passar”, acentuou.

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